As férias do governador não foram oficialmente comunicadas à população e à administração do Rio de Janeiro, via Diário Oficial. A situação difere de outras ocasiões em que Castro viajou para folgar no exterior e deixou o estado sob o comando do vice, Thiago Pampolha. Foi assim, por exemplo, após a virada do ano, quando esteve na Disney, em Orlando, e de lá voltou às pressas por causa das chuvas.

Rompido com Pampolha no último semestre, Castro não fez do vice o governador em exercício nessas férias. Em junho, quando participou do “Gilmarpalooza”, numa missão oficial em Lisboa, os dois entraram em conflito sobre um decreto ambiental que Pampolha queria publicar enquanto substituto.

O entendimento da equipe de Castro, desta vez, foi de que a Constituição Estadual do Rio não o obriga a estar oficialmente fora do cargo (em férias ou licença) para que se desloque pelo país por até 15 dias consecutivos. O artigo que embasou a movimentação diz que o governador residirá em território fluminense e dele não poderá se ausentar por um período superior a esse sem aval do Legislativo.

Esses mesmos funcionários afirmam que, mesmo nas férias, Castro tem trabalhado à distância. O principal foco seria a Operação Ordo. Enquanto o governador esteve fora, policiais seguiram em ação contínua contra o Comando Vermelho e as milícias. Na segunda, um tiroteio fechou a Avenida Brasil.

A previsão é que Castro retorne hoje ao trabalho. Assim, terão sido cinco os dias em que esteve distante do Palácio Guanabara. Nas redes sociais, compartilhou dados sobre segurança pública; fotos de obras de asfaltamento e homenagens ao Dia do Amigo. As férias baianas ficaram de fora.

Por: O Globo | Bahiasul News