“Encontrei uma casa que seria demolida para dar lugar a uma nova. Em vez de comprar apenas pedaços para reutilizar, como já fiz muitas vezes no passado, tive a ideia de fazer uma demolição muito cuidadosa da construção histórica e tentar transportar e reconstruir tudo”, conta Wilbert.
Com três suítes e 300 m², a casa mantém o traço rústico original e ganha contornos de brasilidade em cada detalhe: peças artesanais, arte popular, móveis garimpados e a presença da vegetação tropical. “Essas três casas são como personagens em um livro ou filme de viagem no tempo, sendo que eu e os artesãos de Trancoso somos a máquina do tempo que os leva do passado para os tempos atuais”, acredita Wilbert.
Mais do que preservar, o projeto regenera: as áreas já desmatadas da propriedade foram preenchidas com árvores frutíferas, PANCs e uma coleção de palmeiras raras. “O terreno abriga 96 variedades de árvores, e todas estão marcadas com seus nomes e famílias de plantas, o que foi feito com um botânico da Universidade de Ilhéus”, explica Wilbert. Ele revela ainda que a maioria das árvores é de almescar, cuja resina aromática é usada no spa do Uxua Casa Hotel & Spa como óleo de massagem, incenso e repelente natural.
Além da Casa Amarela, o Uxua Casa Hotel & Spa já conta com a Casa Azul, primeira a ser inaugurada no terreno. Com estruturas preservadas e reaproveitadas da mesma região mineira, as duas casas compartilham o compromisso com a arquitetura de baixo impacto e o design autoral brasileiro. A terceira hospedagem, batizada de Casa Branca, segue em processo de reconstrução, completando o trio de casas transplantadas para esse refúgio à beira-mar.
Por: Casa Vogue | BAHIA SUL NEWS
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