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Empresas da família Vorcaro, dona do Banco Master, suspendem pagamento de terreno de R$ 70 milhões entre Trancoso e Caraíva; Veja

Porto Seguro

Empresas da família Vorcaro, dona do Banco Master, suspendem pagamento de terreno de R$ 70 milhões entre Trancoso e Caraíva; Veja

Os compradores consideram a medida uma ação “atabalhoada” e apontam possíveis impedimentos jurídicos.

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Empresas ligadas à família de Daniel Vorcaro, controlador do Banco Master, suspenderam o pagamento das parcelas de um terreno de R$ 70 milhões entre Caraíva e Trancoso, no sul da Bahia. O plano era construir um hotel de luxo com aeroporto particular. A suspensão ocorre enquanto o banco enfrenta crise de liquidez. As informações são do jornal Folha de S.Paulo. As compradoras AFC Holding e M.Participações, do grupo Vorcaro, acionaram a Justiça para interromper os pagamentos. Segundo o jornal, elas alegam que os vendedores, o ex-casal Massimo e Sueli Moretti, não assinaram a escritura de cessão de 50% da área do aeródromo, essencial para o projeto. Os Moretti, por sua vez, dizem que a documentação está em ordem e que há tentativa de alterar o contrato.

Crise no Banco Master

Daniel Vorcaro tenta evitar intervenção do Banco Central depois do veto à venda do Master para o BRB. O banco precisa captar cerca de R$ 300 milhões em outubro e mais de R$ 1 bilhão até dezembro para manter o pagamento de CDBs. Os vendedores dizem que a escritura é uma “obrigação comum e bilateral” e que a cessão do aeródromo, avaliada em R$ 100 mil, não altera o valor da venda. Os compradores consideram a medida uma ação “atabalhoada” e apontam possíveis impedimentos jurídicos.

A apólice de seguro da transação foi contratada com a Pottencial Seguradora, ligada à família Géo, parceira de Vorcaro em outros negócios. As empresas do banqueiro pediram a não execução da apólice em favor dos vendedores, e o pedido foi aceito. A Pottencial informou que “o processo está em regulação” e analisa se as obrigações contratuais foram cumpridas.
 
A compra da área no condomínio Outeiro das Brisas foi formalizada em 2023. As empresas pagaram R$ 14 milhões em 2024 e suspenderam a segunda parcela antes do vencimento. O escritório dos Vorcaro afirma que o cartório se recusou a registrar cláusulas sobre o aeródromo por falta de comprovação de titularidade. As empresas pedem indenização e recálculo do valor do negócio, estimando impacto de R$ 15 milhões sem a área.
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