Na noite de terça-feira, 29 de abril, Salvador foi palco de uma surpreendente explosão de fogos de artifício, marcando a nova aliança entre o Primeiro Comando da Capital (PCC) e a facção local conhecida como "Tropa do A". O espetáculo pirotécnico, que reverberou em várias regiões da cidade, como Sussuarana, São Marcos, Pau da Lima, Canabrava, Cajazeiras e Brotas, chamou atenção pela sua organização e pela simultaneidade dos eventos.
De acordo com o site Informe Baiano, essa celebração foi impulsionada pela ruptura da Tropa do A com o Comando Vermelho (CV), um movimento que altera substancialmente o cenário criminal na Bahia. Com pelo menos três facções em conflito – PCC, CV e o Bonde do Maluco (BDM) – a situação se torna cada vez mais alarmante. A nova dinâmica promete intensificar a disputa por territórios e o tráfico de drogas, o que inevitavelmente traz à tona uma expectativa de aumento de confrontos e outros crimes relacionados à manutenção do poder.
Moradores de bairros afetados expressam preocupação em relação ao impacto da nova configuração criminosa. Em São Marcos, predominante para o PCC, e Vila Canária, que tem forte presença do CV, há um sentimento de insegurança crescente, especialmente em áreas onde todas as facções disputam espaço, como em Pau da Lima. “É assustador”, relatou um morador.
A centralização e disciplina do PCC prometem introduzir um novo modelo operacional nas áreas sob seu domínio, incluindo a cobrança de taxas de traficantes menores. Essa estrutura rigorosa pode aumentar ainda mais a violência nas comunidades.
Recentemente, o CV declarou o fim do “acordo de paz” com o PCC, citando ações brutais atribuídas a seus membros, o que inclui casos de extrema violência como o assassinato de um turista em Brasília. Até agora, as autoridades locais não se manifestaram sobre essa nova realidade que assombra a capital baiana.
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