A morte de Rayane Bispo Santana, de 30 anos, na noite da última segunda-feira (18/08), na localidade de Nova Caraíva, em Porto Seguro, que inicialmente foi atribuída a uma bala perdida, teve uma drástica reviravolta. As primeiras investigações da Polícia Civil apontam agora que a jovem foi, na verdade, vítima de uma execução.

Um levantamento detalhado da Polícia Civil revelou vestígios de disparos na cerca de madeira externa de uma janela e na parede interna do quarto onde Rayane foi encontrada. A perícia no local indicou que mais de uma arma de fogo foi utilizada na ação criminosa. Relatos colhidos pelos investigadores apontam que o primeiro disparo teria sido efetuado contra Rayane ainda na área externa de um restaurante. Em seguida, ela teria sido perseguida por um indivíduo identificado como Alisson, cuja identidade coincide com a de uma pessoa supostamente envolvida em atos violentos na comunidade de Itaporanga, utilizando uma arma calibre 12.

Informações obtidas indicam que uma facção criminosa atuante na região de Caraíva estaria insatisfeita com Rayane, que, segundo rumores, poderia estar colaborando com traficantes rivais da localidade de Itaporanga. Na noite do crime, membros dessa organização teriam cruzado o rio e se deslocado a pé até o local onde Rayane foi surpreendida e executada. A perícia forense encontrou na vítima uma “zona de tatuagem” no braço, evidenciando disparo de arma de fogo a curta distância. Diante desses elementos, a Polícia Civil descartou a versão de bala perdida, reforçando a tese de execução.

A investigação segue em andamento para identificar e prender os responsáveis pela morte de Rayane Bispo Santana, buscando trazer justiça à sua família.